Sim, ficou óbvio pra mim. Numa rápida conferida pelas postagens acaloradas e declarações de adesão quase maciça nas redes sociais, blogosfera e outros menos cotados ficou molinho de constatar. Uma análise nem tão assim detalhada dos tais perfis declaradamente adeptos da nova modinha, e concluo sem pestanejar o veredito: Coisa de encalhada. Sim, caro leitor. Coisa de encalhada! Verifique se aquela sua amiga bem resolvida, bem casada, bem namorada, bem trabalhada pelo seu recíproco par, a bem comida... se aquela moça segura de si, com a sexualidade em dia e que exala feromônios de fêmea íntima da cópula corriqueira anda suspirando pelo galãzinho imaginário e ricaço clichê do livrinho pornô-soft chavão: Mas é claro que não! Para ela o tal livro soou até meio bobinho, boboca, vazio, enfadonho e despropositado. Minha esposa que leu e sequer conseguiu terminar a obra de tão medíocre e bocejante que achou, outro dia comentou comigo assim: Já reparou que esse livro é coisa de encalhada? Todas aquelas trintonas que vivem suspirando no facebook por um marido, por um pau amigo ou coisa parecida é que andam rendendo homenagens para a tal publicação. Eu achei um porre... não vi nada demais! Segundo ela, "O Cortiço" de Aluísio de Azevedo consegue ser mais excitante. Concordei num balançar de cabeça e naquele instante concluí a minha tese: Vem daí o tal fascínio que o "Sabrina" moderno e de capa melhorada anda exercendo em parcela (considerável, diga-se de passagem) do público feminino. Elas andam mal trabalhadas, rapaz! Aquelas com a sexualidade em dia nem deram bola para a tal coisa. E você, o que anda fazendo aí que ainda não percebeu isso? Encontrou um espécime do sexo feminino no metrô com o exemplar cinzento debaixo do braço? Ataque! Avante, em guarda! Coloque em dia o atraso da moça! Está diante de você um filão inexplorado, um vulcão adormecido, doidinho para entrar em erupção. Desperte nela seus instintos atávicos e mais primitivos e... voilá!